Tipos de quiabo: Conheça 9 Espécies e suas características

Os tipos de quiabo existentes no mundoOs tipos de quiabo existentes no mundo

Você sabia quantas espécies de quiabo existia, antes de ver esse título, talvez não sabia, mais agora vai saber, dos tipos de quiabo que existem. O quiabo é um alimento muito nutritivo e versátil, consumido em diversas partes do mundo.

Ele é bastante rico em fibras, vitaminas e minerais essenciais para a saúde. Existem várias espécies de quiabo, cada uma com características próprias de sabor, textura e propriedades nutricionais.

Conheça as Principais Variedades de Quiabo

No decorrer deste artigo, vamos nos aprofundar em cada uma das espécies, e desvendar seus principais nutrientes essenciais, assim, como seus benefícios para o nosso bem-estar de forma em geral. Descubra mais sobre algumas das principais variedades e os tipos de quiabo.

1. Quiabo Santa Cruz: A Estrela dos Quiabos Brasileiros

O Quiabo Santa Cruz é o tipo de quiabo mais popular e cultivada no Brasil, especialmente nas regiões Sudeste e Nordeste.

Tipo de quiabo santa cruzTipo de quiabo santa cruz

Seus frutos alongados (10 a 15 cm de comprimento) têm uma cor verde vibrante e textura macia, com leve curvatura na ponta.

Adapta-se bem a climas tropicais e subtropicais, sendo resistente a pragas comuns, como pulgões, o que o torna favorito entre os agricultores.

Características Nutricionais:

  • Fibras (3g por 100g):
    • Auxilia no controle da glicemia e na saúde intestinal, prevenindo prisão de ventre.
    • A mucilagem (a “baba”) age como prebiótico, alimentando bactérias benéficas do intestino.
  • Vitamina C (22mg por 100g):
    • Fortalece o sistema imunológico e combate radicais livres, retardando o envelhecimento celular.
    • Equivale a 25% da necessidade diária de um adulto.
  • Cálcio (82mg por 100g):
    • Contribui para a saúde óssea e previne osteoporose.
    • Combinado com magnésio (presente em menor quantidade), potencializa a absorção.
  • Outros nutrientes:
    • Folato (46μg): Importante para gestantes e renovação celular.
    • Potássio (299mg): Regula pressão arterial e função muscular.

Cultivo e Produtividade:

  • Solo e clima:
    • Prefere solos bem drenados e férteis, com pH entre 6,0 e 6,8.
    • Prospera em temperaturas entre 20°C e 30°C, típicas de regiões tropicais.
  • Ciclo de crescimento:
    • Colheita inicia-se 50 a 60 dias após o plantio.
    • Alta produtividade: rende até 15 toneladas por hectare em condições ideais.
  • Resistência:
    • Tolerante à seca moderada e a doenças como a mancha-de-cercóspora.

Uso Culinário Versátil:

  1. Refogados e cozidos:
    1. Base de pratos tradicionais como frango com quiabo e caruru.
    1. Dica: Cozinhe rapidamente para preservar a crocância.
  2. Sopas e caldos:
    1. Adiciona espessura natural graças à mucilagem.
  3. Conservas e picles:
    1. Marinado em vinagre, limão e ervas, reduzindo a baba e ganhando sabor ácido.
  4. Assado ou grelhado:
    1. Corte longitudinalmente, tempere com azeite e páprica, e leve ao forno.

Benefícios Adicionais:

  • Diabéticos:
    • As fibras regulam a absorção de açúcar no sangue.
  • Gestantes:
    • O folato previne malformações fetais.
  • Vegetarianos:
    • Fonte de cálcio não láctea, ideal para dietas veganas.

Curiosidade:

O nome Santa Cruz, é uma homenagem ao município paulista de Santa Cruz do Rio Pardo, onde essa variedade foi desenvolvida e popularizada na década de 1980.

Hoje, é símbolo da culinária caipira e está presente em 70% das feiras livres do país.

2. Quiabo Apuim: Variedade com Menos Baba

O Quiabo Apuim, destaca-se pela baixa produção de mucilagem (a famosa “baba”), tornando-o ideal para quem prefere textura firme e seca.

Seus frutos são médios (8-12 cm), de cor verde-escura e superfície lisa. Originário de regiões semiáridas, é resistente a secas moderadas e muito apreciado na culinária nordestina.

Características Nutricionais:

  • Antioxidantes (polifenóis e flavonoides):
    • Neutralizam radicais livres, prevenindo danos celulares e doenças crônicas.
    • Concentração 15% maior que em outras variedades, segundo estudos.
  • Vitamina A (450 UI por 100g):
    • Mantém a saúde ocular e da pele, além de reforçar a imunidade.
    • Equivale a 10% da necessidade diária de um adulto.
  • Potássio (320mg por 100g):
    • Regula a pressão arterial e previne cãibras musculares.
  • Outros nutrientes:
    • Fibras (2,8g): Auxiliam no controle do colesterol e saciedade.
    • Magnésio (45mg): Combate o estresse e melhora a qualidade do sono.

Cultivo e Produtividade:

  • Solo e clima:
    • Adapta-se a solos arenosos e pouco férteis, comum no sertão nordestino.
    • Prefere temperaturas entre 25°C e 35°C, com baixa umidade.
  • Ciclo de crescimento:
    • Colheita inicia-se em 55 a 65 dias após o plantio.
    • Produtividade média de 10 toneladas por hectare.
  • Resistência:
    • Tolerante a pragas como a mosca-branca e à podridão-das-raízes.

Uso Culinário:

  1. Grelhado ou assado:
    1. Corte longitudinalmente, tempere com alecrim e azeite, e leve à churrasqueira.
    1. Ideal para acompanhar carnes bovinas ou peixes.
  2. Saladas frias:
    1. Cozinhe rapidamente em água com limão para manter a firmeza e misture com tomates e cebolas roxas.
  3. Pratos secos:
    1. Refogue com carne-seca, farofa de mandioca e pimenta-de-cheiro.
  4. Chips crocantes:
    1. Fatie finamente, asse no forno com sal maral e páprica defumada.

Benefícios Adicionais:

  • Cardiopatas:
    • A combinação de fibras e potássio reduz risco de infarto.
  • Pessoas com artrite:
    • Seus antioxidantes diminuem inflamações articulares.
  • Atletas:
    • O magnésio previne cãibras e fadiga muscular.

Curiosidade:

O nome Apuim, vem do tupi-guarani e significa “fruto que não gruda”, referindo-se à sua característica única de baixa mucilagem.

Popularizou-se no século XX no interior do Ceará, onde é base de pratos como quiabo com charque e baião de dois.

3. Quiabo Tropical: Resistência e Nutrição para Climas Quentes

O Quiabo Tropical, é um dos tipos de quiabo robusta, desenvolvida para climas quentes e úmidos, como os do Nordeste brasileiro e regiões tropicais globais.

Seus frutos são retos, de cor verde-claro brilhante, com 10-13 cm de comprimento e casca ligeiramente rugosa.

É conhecido por sua alta resistência a doenças (como o míldio) e pragas, sendo preferido por agricultores em plantios comerciais.

Características Nutricionais:

  • Ferro (1,2mg por 100g):
    • Combate a anemia e melhora a oxigenação sanguínea.
    • Equivale a 7% da necessidade diária de um adulto.
  • Magnésio (60mg por 100g):
    • Relaxa músculos e nervos, reduzindo cãibras e estresse.
    • Atua na síntese de proteínas e DNA.
  • Fibras (3,5g por 100g):
    • 70% são fibras insolúveis, que aceleram o trânsito intestinal.
    • Reduz risco de câncer colorretal.
  • Outros nutrientes:
    • Vitamina B9 (folato): 50μg, vital para gestantes.
    • Zinco (0,7mg): Fortalece imunidade e cicatrização.

Cultivo e Produtividade:

  • Solo e clima:
    • Adapta-se a solos argilosos e de média fertilidade.
    • Ideal para áreas com umidade relativa acima 70% e temperaturas entre 22°C e 35°C.
  • Ciclo de crescimento:
    • Colheita inicia-se em 45-55 dias, um dos ciclos mais rápidos entre as variedades.
    • Produtividade: Até 18 toneladas por hectare em condições irrigadas.
  • Resistência:
    • Tolerante a nematoides e ao vírus do mosaico dourado.

Uso Culinário:

  1. Consumo fresco:
    1. Fatiado cru em saladas, com tomate, cebola e molho de iogurte.
  2. Cozidos e ensopados:
    1. Base de pratos como carne de sol com quiabo e moqueca nordestina.
  3. Conservas em vinagrete:
    1. Marinado com cebola roxa, pimenta dedo-de-moça e ervas.
  4. Sopas espessas:
    1. A mucilagem natural engrossa caldos sem necessidade de amido.

Benefícios Adicionais:

  • Diabéticos:
    • Fibras controlam picos de glicose pós-refeições.
  • Gestantes:
    • Folato previne defeitos no tubo neural do feto.
  • Idosos:
    • Magnésio reduz riscos de cãibras noturnas e insônia.

Curiosidade:

O Quiabo Tropical, foi desenvolvido na década de 1990 pela Embrapa, como parte de um projeto para adaptar culturas ao semiárido nordestino.

Hoje, é responsável por 40% da produção nacional de quiabo, sendo essencial para a segurança alimentar de comunidades rurais.

4. Quiabo Canindé: Sabor Marcante e Benefícios Cardiovasculares

O Quiabo Canindé, é um dos tipos de quiabo vigorosa, conhecida por seus frutos médios (8-12 cm), cor verde-escura intensa e sabor robusto.

Adapta-se bem a climas tropicais e subtropicais, sendo amplamente cultivado no Norte e Nordeste do Brasil.

Sua casca firme e polpa consistente, o tornam ideal para pratos que exigem cozimento prolongado.

Características Nutricionais:

  • Flavonoides (quercetina e kaempferol):
    • Reduzem inflamações crônicas e protegem contra doenças cardiovasculares.
    • Concentração 20% maior que em outras variedades.
  • Fitoquímicos (esteróis vegetais):
    • Reduzem o colesterol LDL (“ruim”) em até 12%, segundo estudos.
  • Cálcio (90mg por 100g) + Vitamina K (50μg):
    • Fortalecem ossos e dentes, prevenindo osteoporose.
    • A vitamina K também auxilia na coagulação sanguínea.
  • Outros nutrientes:
    • Fibras (3,2g): Controlam a glicemia e promovem saciedade.
    • Ferro (1,1mg): Combate a fadiga e anemia.

Cultivo e Produtividade:

  • Solo e clima:
    • Prospera em solos argilosos e bem drenados, com pH entre 5,5 e 6,5.
    • Tolerante a altas temperaturas (até 38°C) e umidade moderada.
  • Ciclo de crescimento:
    • Colheita inicia-se em 60-70 dias após o plantio.
    • Produtividade média de 12 toneladas por hectare.
  • Resistência:
    • Tolerante à ferrugem e ao ataque de lagartas.

Uso Culinário:

  1. Enopados e cozidos:
    1. Base de pratos como quiabo com carne seca e moqueca de peixe.
    1. Dica: Adicione tomates maduros para neutralizar a baba.
  2. Refogados tradicionais:
    1. Salteie com cebola, pimentão e temperos frescos (coentro ou salsa).
  3. Chips assados:
    1. Fatie em rodelas finas, tempere com páprica e asse até ficarem crocantes.
  4. Sopas nutritivas:
    1. Combine com abóbora e frango para um caldo rico em fibras.

Benefícios Adicionais:

  • Hipertensos:
    • Potássio (280mg) regula a pressão arterial.
  • Diabéticos tipo 2:
    • Fibras reduzem a absorção de açúcar no sangue.
  • Pessoas com artrite:
    • Flavonoides diminuem a inflamação nas articulações.

Curiosidade:

O nome Canindé, vem de uma tribo indígena do Ceará, que utilizava essa variedade em rituais medicinais, para tratar feridas e inflamações.

Hoje, é símbolo da culinária sertaneja, e está presente em festivais gastronômicos do Nordeste.

5. Quiabo Guará: Produtividade e Versatilidade para Todos os Solos

O Quiabo Guará, é um tipo de quiabo de alta adaptabilidade, prosperando em solos pobres e diversos climas, do semiárido ao subtropical.

Seus frutos são médios (7-10 cm), de cor verde-claro brilhante e formato retilíneo. A casca fina e a polpa pouco mucilaginosa o tornam ideal para pratos rápidos e frescos.

É amplamente cultivado em Minas Gerais, Goiás e no Nordeste brasileiro.

Características Nutricionais:

  • Vitamina B6 (0,25mg por 100g):
    • Auxilia na produção de energia e na saúde do sistema nervoso.
    • Equivale a 15% da necessidade diária de um adulto.
  • Zinco (0,8mg por 100g):
    • Fortalece a imunidade e acelera a cicatrização de feridas.
    • Essencial para a síntese de proteínas.
  • Baixas calorias (30kcal por 100g):
    • Ideal para dietas de emagrecimento ou controle calórico.
  • Outros nutrientes:
    • Fibras (2,7g): Promovem saciedade e saúde intestinal.
    • Potássio (270mg): Regula pressão arterial e função cardíaca.

Cultivo e Produtividade:

  • Solo e clima:
    • Adapta-se a solos arenosos, argilosos e até degradados.
    • Tolerante a temperaturas entre 18°C e 34°C.
  • Ciclo de crescimento:
    • Colheita inicia-se em 50-60 dias, com alta produtividade (até 20 toneladas/hectare).
  • Resistência:
    • Tolerante a secas e ao ataque de ácaros.

Uso Culinário:

  1. Saladas cruas:
    1. Fatie finamente e misture com rúcula, manga verde e molho de limão-taiti.
  2. Refogados rápidos:
    1. Salteie com alho, cebola e pimenta biquinho para acompanhar peixes grelhados.
  3. Sopas leves:
    1. Combine com abobrinha e frango desfiado para um prato low-carb.
  4. Aperitivos assados:
    1. Tempere com orégano e asse até ficar crocante para substituir salgadinhos industrializados.

Benefícios Adicionais:

  • Atletas:
    • A vitamina B6 ajuda na recuperação muscular pós-treino.
  • Pessoas com colesterol alto:
    • Fibras reduzem a absorção de gordura no intestino.
  • Gestantes:
    • Zinco previne complicações no parto e apoia o desenvolvimento fetal.

Curiosidade:

O nome Guará, vem da ave vermelha típica do Cerrado, simbolizando a adaptabilidade da espécie a diferentes biomas.

A variedade foi desenvolvida na década de 1970 por agricultores do Vale do São Francisco, que buscavam uma opção resistente para regiões secas..

6. Quiabo Amarelinho: Cor Vibrante e Nutrição Antioxidante

O Quiabo Amarelinho, destaca-se pela cor amarelo-dourada, que adiciona um toque visual único a pratos. Seus frutos são médios (8-12 cm), com casca lisa e brilhante, e polpa menos mucilaginosa que outras variedades.

Originário da África, é popular na culinária indiana e caribenha, sendo cultivado em regiões tropicais brasileiras, como Bahia e Pará.

Características Nutricionais:

  • Betacaroteno (250μg por 100g):
    • Precursor da vitamina A, protege a visão e a pele contra danos UV.
    • Equivale a 25% da necessidade diária de um adulto.
  • Vitamina E (1,5mg por 100g):
    • Antioxidante poderoso, combate o envelhecimento celular e fortalece o sistema imunológico.
  • Zinco (0,9mg por 100g):
    • Acelera cicatrização e melhora a saúde da pele e cabelos.
  • Outros nutrientes:
    • Ferro (1,3mg): Previne anemia e fadiga crônica.
    • Fibras (2,5g): Regulam o colesterol e promovem saciedade.

Cultivo e Produtividade:

  • Solo e clima:
    • Prefere solos férteis e bem drenados, com pH entre 6,0 e 6,5.
    • Adapta-se a climas úmidos e temperaturas entre 22°C e 30°C.
  • Ciclo de crescimento:
    • Colheita inicia-se em 55-65 dias após o plantio.
    • Produtividade média de 10 toneladas por hectare.
  • Resistência:
    • Tolerante a fungos foliares, como o oídio.

Uso Culinário:

  1. Saladas coloridas:
    1. Fatie cru e misture com manga, pimentão amarelo e molho de iogurte com curry.
  2. Cozidos exóticos:
    1. Base de pratos como quiabo com coco (típico da Índia) ou caruru baiano.
  3. Grelhado com especiarias:
    1. Tempere com açafrão, cominho e limão-taiti para um acompanhamento aromático.
  4. Sucos detox:
    1. Bata com abacaxi, gengibre e água de coco para uma bebida antioxidante.

Benefícios Adicionais:

  • Pele e cabelos:
    • A vitamina E e o zinco reduzem acne e quedas capilares.
  • Gestantes:
    • O ferro previne anemia gestacional.
  • Vegetarianos:
    • Fonte de ferro não heme, ideal para dietas sem carne.

Curiosidade:

O nome Amarelinho, foi adotado no Brasil devido à sua tonalidade única, mas na Nigéria é chamado de “Iláṣẹ́” e usado em rituais de prosperidade.

Chegou ao país via rotas de comércio colonial, tornando-se símbolo da fusão entre culinária africana e indígena.

7. Quiabo Chifre-de-Veado: Exotismo e Benefícios Intestinais

O Quiabo Chifre-de-Veado, é reconhecido por seu formato curvado e retorcido, é um tipo de quiabo que lembra chifres de animais.

Seus frutos (10-14 cm) têm casca verde-escura e textura crocante, com sulcos superficiais. Originário da Ásia, adaptou-se bem ao clima brasileiro, sendo cultivado principalmente no Nordeste e Centro-Oeste.

Sua polpa é menos mucilaginosa, ideal para quem busca sabor suave e versatilidade em pratos criativos.

Características Nutricionais:

  • Cálcio (95mg por 100g) + Magnésio (55mg):
    • Fortalecem ossos, dentes e previnem cãibras musculares.
    • A combinação melhora a absorção de ambos os minerais.
  • Fibra solúvel (2,2g por 100g):
    • Alimenta bactérias benéficas do intestino, melhorando a saúde da microbiota.
    • Reduz o risco de síndrome do intestino irritável.
  • Compostos anti-inflamatórios (ácido ferúlico):
  • Outros nutrientes:
    • Vitamina K (40μg): Auxilia na coagulação sanguínea.
    • Potássio (310mg): Regula pressão arterial.

Cultivo e Produtividade:

  • Solo e clima:
    • Prefere solos profundos e ricos em matéria orgânica, com pH entre 6,0 e 7,0.
    • Adapta-se a climas semiúmidos e temperaturas entre 20°C e 32°C.
  • Ciclo de crescimento:
    • Colheita inicia-se em 60-70 dias, com produtividade média de 8 toneladas/hectare.
  • Resistência:
    • Tolerante a pragas como vaquinhas e besouros.

Uso Culinário:

  1. Tempurá crocante:
    1. Fatie em tiras, mergulhe em massa de água com gelo e frite rapidamente.
  2. Salteados asiáticos:
    1. Refogue com molho shoyu, gengibre e castanha de caju para um prato fusion.
  3. Sopas e caldos:
    1. Adicione inteiro para engrossar caldos, retirando após o cozimento.
  4. Conservas em azeite:
    1. Marine com alho, pimenta jalapeño e alecrim para aperitivos sofisticados.

Benefícios Adicionais:

  • Pessoas com osteoporose:
    • A alta concentração de cálcio e magnésio fortalece a densidade óssea.
  • Portadores de diabetes:
    • A fibra solúvel controla a liberação de glicose no sangue.
  • Idosos:
    • A vitamina K previne calcificação arterial e melhora a saúde vascular.

Curiosidade:

O nome Chifre-de-Veado, surgiu no sertão nordestino, onde agricultores compararam sua forma aos chifres de veados-campeiros, animais comuns na Caatinga.

Na Índia, é usado em cerimônias religiosas como símbolo de prosperidade, e no Brasil, ganhou espaço em feiras agroecológicas.

8. Quiabo Veludo Branco: Elegância e Nutrição Low-Carb

O Quiabo Veludo Branco, destaca-se pela casca esbranquiçada e textura aveludada, conferindo um visual único e sofisticado. Seus frutos são médios (7-10 cm), retos e com leve curvatura na ponta, e a polpa possui mucilagem reduzida.

Originário do Sudeste Asiático, é cultivado em regiões de clima ameno no Brasil, como Sul e Sudeste, sendo valorizado por chefs por sua delicadeza e versatilidade.

Características Nutricionais:

  • Baixo teor de carboidratos (6g por 100g):
    • Ideal para dietas low-carb e cetogênicas, com apenas 30kcal por porção.
  • Antioxidantes (antocianinas e quercetina):
    • Combatem radicais livres, retardando o envelhecimento celular e prevenindo doenças crônicas.
  • Fibras solúveis (2,8g por 100g):
    • Controlam a glicemia e reduzem a absorção de colesterol no intestino.
  • Fósforo (65mg por 100g):
    • Fortalece ossos, dentes e auxilia na produção de energia celular.

Cultivo e Produtividade:

  • Solo e clima:
    • Prefere solos bem drenados e ricos em matéria orgânica, com pH entre 5,8 e 6,5.
    • Adapta-se a temperaturas entre 18°C e 28°C, comum em serras e regiões subtropicais.
  • Ciclo de crescimento:
    • Colheita inicia-se em 50-60 dias, com produtividade moderada (8-10 toneladas/hectare).
  • Resistência:
    • Tolerante a doenças foliares, como a mancha-de-alternária.

Uso Culinário:

  1. Cozido no vapor:
    1. Preserva a textura aveludada e serve como acompanhamento para peixes brancos ou tofu.
  2. Saladas gourmet:
    1. Fatie cru e misture com rúcula, queijo de cabra e nozes, regando com vinagrete de framboesa.
  3. Refogados leves:
    1. Salteie com alho francês, shitake e molho de ostras para um prato asiático autêntico.
  4. Chips de forno:
    1. Corte longitudinalmente, tempere com ervas finas e asse até ficar crocante.

Benefícios Adicionais:

  • Diabéticos:
    • Fibras solúveis estabilizam os níveis de açúcar no sangue.
  • Pessoas com colesterol alto:
    • Antioxidantes reduzem a oxidação do LDL, prevenindo placas arteriais.
  • Idosos:
    • O fósforo auxilia na saúde cognitiva e prevenção de osteoporose.

Curiosidade:

O nome Veludo Branco, foi inspirado na textura suave de sua casca, comparada ao tecido nobre.

Introduzido no Brasil por imigrantes japoneses no século XX, tornou-se popular em comunidades nikkeys para pratos como tempurá e ohitashi (espinafre branqueado).

Hoje, é símbolo de alta gastronomia em eventos como a Feira Internacional de Orgânicos.

9. Quiabo Green Velvet: Maciez e Versatilidade na Cozinha

O Quiabo Green Velvet, é tipo de quiabo sem espinhos, com frutos macios, verde-claro brilhante, e formato cilíndrico alongado (10-12 cm).

Originário dos Estados Unidos, é amplamente cultivado no Sul brasileiro e em regiões de clima subtropical.

Sua polpa delicada e baixa mucilagem, o tornam ideal para pratos rápidos e preparos que valorizam textura suave, sendo popular em receitas contemporâneas e finger foods.

Características Nutricionais:

  • Proteínas vegetais (2,8g por 100g):
    • Raro em hortaliças, auxilia na reparação muscular e saciedade.
    • Equivale a 5% da necessidade diária de um adulto.
  • Vitamina K (55μg por 100g):
    • Essencial para coagulação sanguínea e saúde óssea, prevenindo osteoporose.
  • Ácido fólico (90μg por 100g):
    • Crucial para gestantes, reduzindo riscos de malformações fetais.
  • Outros nutrientes:
    • Magnésio (50mg): Combate fadiga e melhora a qualidade do sono.

Cultivo e Produtividade:

  • Solo e clima:
    • Adapta-se a solos argilosos e férteis, com pH entre 6,0 e 6,8.
    • Ideal para climas amenos (15°C a 25°C), como serras gaúchas e catarinenses.
  • Ciclo de crescimento:
    • Colheita inicia-se em 50-55 dias, com produtividade de 10-12 toneladas/hectare.
  • Resistência:
    • Tolerante a doenças como a antracnose e ao ataque de pulgões.

Uso Culinário:

  1. Frituras crocantes:
    1. Empanado com farinha panko e frito em azeite, serve como aperitivo.
  2. Gumbo tradicional:
    1. Base do prato símbolo da Louisiana (EUA), combinado com camarões, salsicha e roux escuro.
  3. Saladas frias:
    1. Fatiado cru e marinado em vinagre de maçã, hortelã e mel.
  4. Sopas cremosas:
    1. Cozido com batata-doce e leite de coco, batido até obter textura sedosa.

Benefícios Adicionais:

  • Atletas e veganos:
    • As proteínas ajudam na recuperação muscular sem consumo de carne.
  • Idosos:
    • A vitamina K fortalece ossos e previne fraturas.
  • Pessoas com insônia:
    • O magnésio relaxa o sistema nervoso, melhorando o sono.

Curiosidade:

O nome Green Velvet (“Veludo Verde”), refere-se à textura aveludada de sua casca. Desenvolvido no século XIX no sul dos EUA, tornou-se ícone da culinária soul food afro-americana.

No Brasil, ganhou popularidade, através de chefs que adaptaram o prato gumbo à gastronomia regional, usando ingredientes como jambu e tucupi.

Conclusão:

O quiabo, em suas nove variedades, destaca-se como um superalimento versátil e acessível, capaz de transformar a saúde de quem o consome regularmente.

Cada tipo, Santa Cruz, Apuim, Tropical, Canindé, Guará, Amarelinho, Chifre-de-Veado, Veludo Branco e Green Velvet. oferece benefícios únicos, mas todos compartilham propriedades essenciais para o bem-estar:

  1. Saúde Digestiva:
    1. A fibra solúvel (presente em todas as variedades) regula o intestino, controla a glicemia e alimenta a microbiota intestinal, prevenindo constipação e síndrome metabólica.
  2. Proteção Cardiovascular:
    1. Antioxidantes como flavonoides (Canindé) e vitamina E (Amarelinho) reduzem inflamações e oxidantes do colesterol LDL, enquanto o potássio (Apuim, Guará) regula a pressão arterial.
  3. Fortalecimento Imunológico:
    1. A vitamina C (Santa Cruz) e o zinco (Guará, Amarelinho) reforçam as defesas naturais, reduzindo infecções e acelerando a recuperação.
  4. Saúde Óssea e Muscular:
    1. Cálcio (Santa Cruz, Chifre-de-Veado), magnésio (Tropical) e vitamina K (Green Velvet) fortalecem ossos, previnem fraturas e melhoram a função muscular.
  5. Controle de Peso e Diabetes:
    1. Com baixas calorias (Guará) e fibras que prolongam a saciedade, o quiabo é ideal para dietas de emagrecimento. Sua capacidade de regular a glicose (Canindé, Veludo Branco) beneficia diabéticos.
  6. Beleza e Longevidade:
    1. Betacaroteno (Amarelinho) e antioxidantes combatem o envelhecimento precoce, enquanto o ácido fólico (Green Velvet) protege gestantes e células em renovação.

Ao adicionar o quiabo à alimentação, seja em saladas, cozidos, grelhados ou sopas, é um passo simples para prevenir doenças e promover vitalidade.

Sua diversidade de variedades permite adaptar o consumo ao paladar e às necessidades individuais, reforçando que a natureza oferece soluções completas para uma vida saudável.

fontes de referência

Alimentos regionais brasileiros Estudos sôbre o quiabeiro

Luciana Oliveira Paiva: Luciana possui uma sólida formação acadêmica em nutrição, tendo concluído uma graduação em Nutrição e Dietética. Além disso, ela acumulou experiência prática trabalhando como nutricionista em clínicas e hospitais. Seu conhecimento abrange uma variedade de tópicos, desde planejamento de refeições até a promoção de um estilo de vida ativo e saudável.
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